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Entrevistas

Apoio da Família Foi Essencial na Hora de Migrar para UX - Entrevista com Erivelton

por
Felipe Guimaraes e Equipe Aela
9/12/2021
4
minutos de leitura
Índice de conteúdos

Erivelton Santos é aluno do Bootcamp MID e teve uma trajetória emocionante ao decidir migrar para UX Design.

Sem poder trabalhar por conta da pandemia, Erivelton tomou a difícil decisão de focar nos estudos durante esse período, acreditando que o UX seria a carreira ideal para seu futuro.

Graças ao apoio de sua família e amigos, Erivelton conseguiu passar por diversas dificuldades e conquistou sua oportunidade em UX Design.

Confira essa história emocionante e muito inspiradora!

Erivelton, obrigado pelo seu tempo! Por favor, conta um pouco da sua história

Tudo bem Felipe? É um prazer estar aqui! Estou estudando UX já há um tempo e acho legal a oportunidade de contar a minha história para ver se as pessoas se identificam com a área.

Meu início em UX foi em 2018. Um amigo meu, que também é aluno da Aela, começou a me mostrar algumas coisas sobre a área e plantou uma semente em mim.

De princípio achei bastante interessante, até pensei que poderia conciliar o trabalho com estudos, mas acabei não dando muita importância e continuei com os trabalhos que eu estava fazendo na época.

Meu background é em construção civil, mas não consegui dar seguimento na área e comecei a tentar outras coisas. Nisso, trabalhei com móveis planejados e até com administração de empresas, enquanto meu amigo ainda me mandava artigos e materiais sobre UX para ler.

Em 2019, a minha vida teve uma reviravolta. Em fevereiro eu saí do emprego onde eu estava e em maio eu casei. Mas arranjar um emprego estava difícil, então comecei a trabalhar com Uber para tentar equilibrar as contas. Foi uma época bem turbulenta.

Nesse momento, eu tive uma conversa bem séria com esse meu amigo. Ele já estava trabalhando com UX e me contou bastante coisa sobre como era atuar na área.

Foi quando eu tomei a decisão de encarar essa mudança e tentar migrar para UX.

Portfólio UX Design Erivelton Santos
Portfólio Erivelton Santos

O meu amigo tem mais dois irmãos, um deles também estava fazendo o MID e o outro queria entrar na próxima turma. Ele sugeriu, então, que montássemos um grupo de estudos, nós 4, para ir estudando enquanto não abria uma nova turma.

Então, comecei a tentar conciliar esses estudos com eles com a minha rotina no Uber. Eu trabalhava 12 horas por dia, chegava em casa cansado, foi difícil. Eu lembro de ler os artigos que ele me mandava no meu horário de almoço e ao final do dia.

Mas tudo bem, porque o intuito era ir estudando para quando as inscrições do MID abrissem, a gente já conseguisse entrar com um entendimento melhor da área e das teorias.

Ficamos nesse esquema de grupo de estudo de janeiro a junho de 2020, quando uma turma do curso se abriu.

O problema, durante essa época, foi a pandemia. Eu decidi que não podia me arriscar trabalhando com Uber porque tenho pais idosos, minha vó e outros familiares da minha esposa que estavam no grupo de risco. Então, decidi me resguardar para a saúde de todos a minha volta.

Então, quando abriram as inscrições do MID, eu não estava trabalhando. Como que eu iria fazer o curso então?

Eu sentei com a minha esposa e falei sobre a carreira de UX e que de repente eu poderia conseguir seguir esse caminho, mas que eu teria que me dedicar muito. Coloquei todas as cartas na mesa.

Ela me abraçou e falou que estávamos juntos nessa e que iria me ajudar. A gente tinha uma reserva, e nós conseguimos segurar as pontas.

Mas não foi só a minha esposa que me apoiou. Meus pais, minha sogra, a família inteira! E claro, esse grupo de amigos, que considero meus irmãos!

Com todo esse apoio, tomei a decisão de me inscrever no MID e tentar migrar para UX Design!

Dica de Leitura: O que é o MID?

Que emocionante a sua história Erivelton! E o que fez você se interessar por UX?

Em todos os trabalhos que tive, o que realmente me fazia feliz era poder melhorar alguma coisa, ou resolver algum problema.

E eu vi isso muito forte em UX Design.

Quando eu comecei a refletir sobre minha carreira, eu percebi que, nos trabalhos anteriores, eu não necessariamente focava em resolução de problemas; e em UX isso é basicamente a essência da área.

Foi esse fator que criou em mim uma identificação muito forte. Eu pensei, não tem como não querer trabalhar com isso. É o que eu quero e é isso o que eu vou fazer.

Eu até pedi para meu amigo André Borges me explicar mais uma vez sobre a área, e quando ele se aprofundou, eu tive a certeza de que era isso o que eu queria fazer.

Portfólio UX Design Erivelton Santos
Portfólio Erivelton Santos

Como que foi a sua rotina de estudos?

Como eu não estava trabalhando, por conta da pandemia, eu decidi me dedicar integralmente ao curso.

Então eu começava a estudar umas 07h30 e ia até 20h. Descansava só após esse período e aos finais de semana, para espairecer a mente.

Eu foquei ao máximo porque precisava fazer tudo isso dar certo, havia pessoas que dependiam de mim e eu tinha que correr atrás disso.

Quando eu iniciei o curso, eu tracei metas mais ousadas. Na época, o MID tinha passado por um update e meus amigos que já o cursavam comentaram que o projeto inicial já era mais avançado.

Então, eu tentei fazer mais, entregar mais nos projetos, e meus amigos foram me auxiliando, junto com toda a rede do MID, mentores e professores.

Nós até chegamos a conversar, Felipe, e você comentou que eu estava sendo um pouco ousado. Mas acredito que se não tivesse essa postura comigo mesmo, eu não teria esse direcionamento mais assertivo ao longo do caminho.

Então, eu busquei essa dureza a mais no processo para que lá na frente eu pudesse alcançar melhores resultados.

Dica de Leitura: 5 Razões Para Buscar Um Mentor Em UX Design

Com essa rotina puxada, mais a pandemia e outros estresses, o desânimo chegou a bater?

Cara, bateu sim e não foram em poucos momentos.

Acho até importante deixar isso em evidência, porque às vezes as pessoas podem achar que é simples, que eu comecei a estudar, fui firme e nunca desanimei.

Não.

Houve momentos muito difíceis, muito mesmo, em que eu cheguei a pensar que não iria conseguir.

Você começa a olhar a conta bancária, vê os números descendo, a gente precisando pagar as contas. Chega uma hora que a gente pensa em desistir, em ir fazer outra coisa.

E por conta da pandemia, eu não conseguia fazer o que eu gostava para espairecer a cabeça. Tudo estava fechado.

Eu sempre gostei de passar o final de semana com a família, fazer um churrasco, estar com os amigos, jogar um futebol. Isso me ajudava a liberar a tensão.

Mas nem isso eu conseguia fazer por conta da pandemia.

Em alguns momentos, eu comecei a entrar em parafuso. E quando isso acontecia, eu sentava com a minha esposa e a gente conversava bastante. Ela me ajudou muito, assim como meus familiares e amigos. Ter essa rede de apoio me ajudou muito para que amenizar a ansiedade e continuar em frente.

Portfólio Erivelton Santos

É muito importante ter o apoio dentro de casa, principalmente em um momento tão difícil

Sim.

A minha família é muito cristã, somos católicos praticantes e isso me ajudou bastante também.

Ter fé naquilo que eu estava propondo para minha vida foi importante para que eu conseguisse realizar o que realizei.

Sobre os estudos, sabemos que tem muito conteúdo sobre UX por aí. Em algum momento, essa overdose de informação te atrapalhou?

Eu não vou falar que não atrapalhou porque eu acho que isso atrapalha todo mundo.

Quando você procura no Google, UX Design, aparece uma pancada de informação e você tem que saber filtrar.

Mas o que me fez ter o direcionamento correto sobre o que estudar foi o MID.

Com o passo a passo de cada projeto, eu tinha os tópicos a serem estudados.

Então, tinha situações, por exemplo, assim: para o próximo tópico do nível zero, vou precisar fazer uma pesquisa quantitativa e outra qualitativa.

A partir disso, eu estudava exatamente o que eu precisava.

Além disso, sempre tive o direcionamento dos mentores e do grupo de estudos com meus amigos. Tudo isso foi me colocando no caminho certo para que eu não tivesse aquela overdose de informação.

Eu me preocupava em seguir meu roteiro de estudos. Se no meio do dia aparecesse um assunto novo para ver, eu só procurava no dia seguinte. Dessa forma, eu não tinha aquele boom de informação na minha cabeça.

Se aparecesse algo realmente importante, eu contemplava no meu próximo cronograma do dia para conseguir estudar e me dedicar àquele tópico.

Isso tudo fez com que eu caminhasse de forma bem assertiva.

Dica de Leitura: 11 Medos Que Te Impedem De Migrar Para UX Design

Você conseguiu seguir os estudos do MID e UX sem exagerar

Sem exagerar!

Tem muito conteúdo bom na internet, sobre UX Design.

Tanto que existem mentores do MID com canal no Youtube, como é o caso do Daniel Furtado; eu acompanhava bastante também o Rodrigo Lemes.

O MID coloca a gente pra estudar, também. Então, seguir o curso é um bom caminho para os estudos.

Portfólio Erivelton Santos

Como você definiu o momento para começar a buscar vagas em UX Design e como foi esse processo?

No MID, vocês dão a sugestão de em qual nível já é interessante montarmos um portfólio para começar a buscar vagas.

Mas eu decidi montar meu portfólio antes, porque eu precisava de um emprego o mais rápido possível.

Então, em janeiro de 2021 eu comecei a me preparar. Montei meu portfólio em UX, ajustei meu currículo, meu LinkedIn e fiz um cronograma para organizar o meu tempo.

O que me ajudou muito foi uma conversa que tive com você, Felipe, em que você me disse que o retorno para as aplicações poderia demorar em torno de 3 a 4 meses. Então, eu considerei isso no meu cronograma.

Quando eu comecei a aplicar para vagas, eu senti o mercado de UX bem aquecido, na época. Havia muita vaga, mas eu começava a ler as descrições e eu pensava, não tenho experiência, não tenho nada!

As vagas eram para pleno e sênior, não tinha vaga para júnior.

Além disso, outra dificuldade que senti foi ouvir as empresas pedindo cases reais para apresentar. Eu só tinha case de estudo, que eram os projetos do curso.

Mas apesar de tudo isso, o que realmente me fez ter segurança para seguir em frente nos processos foi o empenho que tive para fazer todos os projetos do MID. A bagagem que o curso me deu foi essencial para que eu fosse bem nas entrevistas.

Somado a isso, eu sempre tentei também interligar as minhas experiências anteriores com a minha migração para UX.

Dica de Leitura: 11 Razões Que Fazem do MID um Curso de UX/UI Design Incrível

Como que foi o processo para essa primeira vaga em UX que você conquistou? Foi difícil também?

Eu não cheguei a fazer muitas entrevistas, a média ficava entre 2 por mês. Então, em um período de 3 meses, eu devo ter feito por volta de 6 entrevistas no total.

Mas para essa vaga em específico eu não estava muito esperançoso.

Eu vi a oportunidade em um post no LinkedIn, com a descrição da vaga e pedindo para os interessados enviarem um email.

De cara, eu não fiquei tão animado porque a vaga era PJ e eu estava procurando por CLT, mas acabei gostando da descrição da vaga e resolvi me aplicar.

No dia seguinte, uma pessoa do RH me ligou querendo marcar uma entrevista comigo na manhã seguinte e eu disse que topava.

Nós conversamos e foi uma entrevista bem técnica. Apesar do rapaz ser do RH, ele me perguntou sobre vários assuntos, pediu para eu apresentar um case e falou sobre a questão da falta de experiência. Mas eu fui firme e apresentei o case de estudo do MID.

Ele gostou e quis marcar uma próxima entrevista com o superior da área.

Conversei com o superior uns 3 dias e foi a mesma dinâmica. Uma conversa bem técnica e ele gostou bastante de mim.

Então ele propôs um case para eu fazer, baseado num produto real que eles estavam desenvolvendo. Ele comentou que poderia ser algo bem simples mesmo.

Mas eu não conseguia trabalhar em algo apenas simples, porque eu estava acostumado a seguir o padrão MID de projetos.

Então, eu fiz uma estrutura como um projeto do curso, uma coisa mais completa.

O resultado foi que ele gostou muito do meu trabalho. Disse que estava esperando só a apresentação de umas telas, mas que eu fui além em ter mostrado todo o processo.

Por isso que eu falo que o MID me deu estrutura para tudo o que eu fiz para conseguir migrar para UX Design.

Portfólio Erivelton Santos

Depois desse retorno, o superior marcou uma última entrevista com a pessoa que seria meu par na área, que iria trabalhar comigo, para ver se ele gostava de mim.

A conversa rolou super bem e a pessoa também gostou de mim.

Apesar disso, havia ainda outras pessoas no processo, então eu precisava esperar para ter uma resposta definitiva.

No final, eu recebi a ligação do RH me contando que havia passado no processo e perguntando se eu gostaria de trabalhar com eles.

Confesso que eu ainda estava na dúvida por conta da questão da vaga ser PJ e não CLT. Mas sem eu ter dito nada, eles me falaram que tinham modificado a vaga e que agora o regime era CLT!

Não tive dúvidas! Eu gostei da empresa e decidi que seria ali que eu começaria a minha carreira em UX!

Depois de toda essa trajetória, o que você contaria para o Erivelton do passado sobre o processo de migração para UX?

Eu falaria para ele começar a estudar antes, lá em 2018 mesmo.

Outra coisa que diria era para manter o foco nos estudos, na dedicação, porque as coisas vão acontecer.

Ah, e ter paciência também!

Paciência é a palavra-chave. Se não tiver paciência o processo não vai pra frente. A paciência traz a tranquilidade para que você consiga alcançar os objetivos com mais serenidade.

Por fim, diria para não ter medo de envolver a família no processo e expor tudo, não esconder nada, para que todos fiquem sabendo dos seus planos, porque eles vão te apoiar em tudo aquilo que você fizer.

Erivelton, muito obrigado e muito sucesso na sua trajetória!

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