Fale um pouco sobre você, André. O que fazia antes de entrar para a área de UX/UI?
Antes de migrar para UX Design eu era analista de Marketing e fazia um pouco de tudo. Não necessariamente muito sobre UX/UI.
Acabei, então, conhecendo o curso MID pelo meu irmão, que também é aluno.
No meu antigo trabalho eu tinha contato com diversos setores do marketing. Desde fotografia, relatórios analíticos, Google e até pequenas interfaces. Fazia também a parte analítica das redes sociais e sites. Eu reparei que essa parte cruzou muito com a área de UX. O que me proporcionou outra visão. Hoje já tenho um pensamento diferente, como do tipo “será que esse formato de botão vai converter mais?”.
Para você qual foi a grande diferença entre as duas áreas?
Hoje eu posso dizer que me “encontrei”. Estou fazendo o que eu gosto, o que fez reacender aquela chama que me motiva a trabalhar todos os dias. Acredito que seja o grande propósito disso tudo. Bem diferente da realidade de quando você está insatisfeito com o que trabalha. Então, sou muito grato a minha evolução como profissional e por ter conseguido entrar na área de UX.
Conte um pouco sobre o que faz atualmente.
No momento eu sou contratado pela NiD Human, porém estou alocado na AG2 — agência de publicidade. Estou em um projeto grande do Bradesco e estamos trabalhando em cima disso. Cada dia é um novo desafio para mim.
A vaga que assumi é de Senior UI Designer. Quando tenho alguma dúvida consulto meus colegas de trabalho. O que é bom, pois eu realmente me senti abraçado pela equipe quando entrei.
No início é normal ficar nervoso, por isso eu sempre acompanhava o projeto de quem já tinha mais experiência.
Um dos desafios que tive foi mexer com o Sketch, pois eu só mexia com o programa Adobe XD. Então, instalei em casa o Sketch e tive que aprender em dois dias, então, corri atrás. Acho que esse é o segredo: correr atrás do aprendizado e das oportunidades.
Além disso, quando eu finalizo um projeto e fico no aguardo de outro, eles sempre me colocam em outros que posso ajudar. São situações rápidas, como tarefas que devem ser finalizadas em menos de um dia.
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E como é sua rotina de Designer?
O atual projeto que estamos fazendo com UX é separado por etapas. Agora já estamos pensando nas mudanças do site. Enquanto aguardamos o briefing do cliente, eles orientam adiantarmos outros detalhes, como slides, revisão de fontes, etc.
O interessante é que eu tenho uma “veia” para UX que foi proporcionada pelo MID, e outros estudos.
Então, quando discutimos sobre o trabalho, o time busca se integrar e ficar em sintonia com todas as áreas. E não isolados cada um no seu mundo. É exatamente o tipo de experiência que eu queria estar.
Acredito que ambas as partes podem aprender um com o outro. E sempre quando possível, eu converso com o pessoal do UX para aprender e absorver o máximo de informação possível. E também aqui, trabalhamos em dupla, eu e um UX, o que proporciona uma troca diária de conhecimento muito bacana.
Como foi o início do curso para você?
Comecei a estudar em janeiro de 2018 e logo já determinei regras claras para mim. Uma delas foi focar 100% nos estudos e tracei uma meta que em 8 meses estaria no nível 3 e melhorado o portfólio. Eu estudava em média 7 horas por dia e tirava os finais de semana para descansar.
Acabei aplicando para três vagas, sem muita pretensão, já que eu estava em um nível muito inicial do Bootcamp. Duas não deram certo, e a outra demorou para responder. Então, decidi parar de aplicar, pois meu currículo ainda não estava bem estruturado também.
Quando cheguei no nível 4 eu reformulei meu portfólio e currículo para adequar a minha evolução. Então, comecei a aplicar novamente e surgiu uma oportunidade.
Como foi a oportunidade na AG2? E os desafios?
Foi uma indicação de um dos alunos do MID. Eles analisaram meu portfólio e recebi excelentes feedbacks do meu trabalho. E acabou dando certo essa oportunidade na agência de publicidade AG2.
Um desafio para mim foi a questão do programa que eles utilizam, pois não tinha muita experiência. Além disso, uma vez fui inserido em um projeto que não sabia nada sobre, pois eles estavam no meio dele, e eu fiquei responsável em replicar o design para desktop. O tempo era curto, mas me dediquei e consegui entregar tranquilamente.
O que você deixa de dica para as pessoas que querem migrar de área?
Primeiro trace uma meta para você alcançar. A família também ajuda bastante. Sou muito grato ao meu irmão que me apresentou o curso da Aela, e a minha esposa que me apoiou nesse período intenso de estudo.
Então, a dica é ter meta, foco e não deixar que o medo interfira nos seus sonhos.
Sou muito grato a vocês, da Aela, também por terem devolvido o sonho que estava apagado em mim. Hoje, particularmente, sou muito feliz no que eu faço e todo dia é uma nova oportunidade para aprender e buscar conhecimento.
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Quais as metas para o futuro?
Voltar a estudar o inglês, que é primordial, e traçar uma meta para passar uma temporada fora do Brasil. Quero saber qual é o ritmo de trabalho e fazer um networking também. Ainda não decidi o país, mas minha esposa e eu pensamos em Portugal como uma escolha.
Sei que não acabei o curso ainda, mas agradeço a cada “puxão de orelha” e toda assistência que vocês proporcionam. Acho que o grande diferencial do MID é a mentoria eficiente que você e sua equipe fazem e que nos orienta para as decisões corretas.