Nesta entrevista, conversamos com o aluno Jânio Rodrigues que atuava na área de Informática e Design Gráfico, mas não estava satisfeito e queria buscar algo a mais em sua carreira. Ele compartilha conosco todo sua trajetória da migração para a área de UX, além dos seus desafios e também nos passa algumas dicas.
Ele ressalta que os projetos do MID, além dos feedbacks de mentores e de outros alunos, ajudaram muito na construção dos seus primeiros projetos que compuseram seu portfólio de UX e garantiram sua primeira oportunidade como UX Designer. Além disso, Jânio ressalta que para quem deseja atuar na área de UX é preciso ter vontade de mudar.
Confira a entrevista e descubra como Jânio conseguiu sua primeira oportunidade como UX Designer na MVJ, uma das maiores consultorias do Brasil de tecnologia e inovação.
Apresente-se para nós, Jânio
Eu tenho 37 anos, sempre trabalhei com Informática, Design e com o ramo Web também. Minha trajetória começou com a paixão pelo Design, na época em que alguns programas ainda nem existiam, como o Adobe.
Assim, realizei alguns cursos de programação como PHP, pois sempre fui muito curioso para saber como as coisas funcionavam.
Atuei bastante com HTML, CSS no início, programação de software. Mas o contato e interesse por Design surgiu de um curso de Web Design que realizei.
A partir disso, comecei a ter outra perspectiva sobre o que era o Design. Então, fui mais a fundo para entender o processo e como criar interações.
Dessa forma, após esse primeiro contato com Design, comecei a aprimorar meu conhecimento realizando trabalhos para Gráficas como cartão de visitas, folders, banners e também plotagem de veículos.
A construção do processo gráfico para um produto específico sempre me agradou.
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Qual é seu background de estudos e em quais empresas você já atuou?
Comecei estudando ciência da computação, porém percebi que isso não era para mim. Mas mesmo assim absorvi alguns conceitos sobre a área. Em seguida, estudei o que eu realmente gostava que era Design Gráfico e me graduei.
Após ter me formado, fiquei longe da área de Design e acabei trabalhando com informática, mais na parte de T.I. Onde atuei como suporte técnico e dava ênfase na qualidade dos produtos.
Trabalhei em duas grandes empresas de São Paulo: na Porto Seguro e na LG. Mas percebi que eles não tinham tanta ênfase na qualidade final dos produtos.
Assim, mesmo atuando na área de informática da empresa, observei que poderia ser feito um levantamento de qualidade. Ou seja, uma avaliação de como estávamos atendendo os clientes. Acabei levando essa proposta para o meu gerente que aceitou e me fez responsável por esse projeto. Mal sabia, naquela época, que isso tinha muito a ver com UX Design.
Como foi sua trajetória até conhecer a Aela?
Até então eu não conhecia a Aela, apenas lia alguns livros de UX. Pois, por conta do meu trabalho ser relacionado ao cliente final, percebi que eles gostariam de ver mudanças no atendimento que estava sendo feito de forma errada.
Assim, pesquisando mais sobre experiência do usuário, comecei a ter uma proximidade maior com a Aela. Então, percebi que esse era o conteúdo certo que eu precisava me envolver.
Pesquisei mais sobre o curso Master Interface Design, e me deparei com várias histórias de alunos que eram muito parecidas com a minha. E percebi que vários conseguiram suas primeiras oportunidades em UX Design bem rapidamente, após alguns meses de estudo. Dessa forma, vi que era um investimento muito válido.
Quando acessava o site, ficava ansioso porque via que as inscrições estavam para abrir. Basicamente em Junho/Julho de 2019 enquanto eu navegava, vi o link do curso para inscrição de novos alunos e fiquei muito feliz. Então, entrei e vi os vídeos que estavam disponíveis para entender como funcionava o Bootcamp MID da Aela. Após isso, eu consegui realizar a inscrição e me senti realizado.
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Você acha que seu antigo background se difere muito de UX Design?
O termo UX Design é relativamente novo, mas refletindo sobre o que eu realizava nas empresas que atuei, sinto bastante semelhança. Já que é basicamente saber o que a pessoa quer comprar e saber o que eu quero vender. Claro, falando de uma maneira bem simplista.
Na última empresa em que atuei, minha função era cuidar do suporte em relação ao produto que vendíamos com um valor bem caro. Então, eu precisava tratar algumas reclamações que surgiam.
O dono da empresa não tinha essa visão de perguntar ao usuário sobre o que estava lhe agradando ou não. Assim, tive que mudar minha abordagem e começar a fazer uma pesquisa de satisfação com os clientes.
De modo geral, essa abordagem foi muito satisfatória e as coisas deram certo. Basicamente eu tentava entender o que o cliente queria para eu realizar o trabalho.
Qual seu entendimento sobre UX/UI?
Meu foco é mais o UX e não tanto o UI. Até realizo alguns trabalhos visuais quando é preciso. Porém, meu foco é saber o que o usuário realmente precisa.
Quando comecei a estudar design gráfico, era mais difícil e as pessoas não pagavam o valor equivalente ao esforço.
No mundo do UX, o conteúdo é muito mais complexo do que aquele que eu realizava antes. Então, até cheguei a aplicar alguns princípios de experiência do usuário, mas não sabia do que se tratava realmente naquela época.
Como foi o processo de seletivo na MJV?
No momento do processo, eu estava no início do nível três do Bootcamp MID. Então, acabei mudando meu perfil das redes sociais e o deixei mais profissional. Fiz isso para me enquadrar nas vagas disponíveis.
Estruturei meu LinkedIn da forma que o mercado pedia e me candidatei para as vagas mais simples, como UX/UI Júnior, mesmo já tendo certa familiaridade com Design e tecnologia.
Depois disso, realizei quatro entrevistas relevantes. Em uma delas cheguei em um nível avançado para a contratação, mas não deu certo. Nesse período eu ainda estava na minha antiga empresa e me candidatei para uma vaga na MJV pelo fato de um dos alunos da Aela já estar atuando lá.
Paralelamente, recebi uma proposta de uma outra empresa chamada Builders onde o responsável me enviou um teste para realizar. Na mesma semana, a recrutadora da MJV me ligou e disse que havia se interessado no meu perfil e currículo.
Então, ela marcou uma reunião com o gestor e conversamos. O tempo passou e um dia, durante um teste que estava realizando para outra empresa, a mesma recrutadora me ligou e disse que meu processo tinha sido aprovado.
O entendimento que tenho agora é diferente daquele de tempos atrás. Vale ressaltar que todo o material que a Aela disponibiliza desde leituras até indicação dos trabalhos de outros alunos é muito importante.
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Qual foi o seu maior desafio quando entrou como UX Designer na MJV?
Eu entrei para substituir uma pessoa que estava com um projeto em andamento.
Inicialmente, comecei atuando com possíveis atualizações que iriam ocorrer no projeto. Ainda estou nele, já que é um projeto grande e atenderá várias áreas dentro da instituição do banco.
Dessa forma, meu primeiro desafio foi compreender a forma de trabalho da empresa. No MID, a gente aprende a trabalhar com métodos ágeis. Então, eu já estava preparado para entrar dentro de um escopo de trabalho. Mas quando cheguei tive que ler toda a documentação que outras pessoas haviam preparado.
Nesse momento, houve um pouco de apreensão. Pois, precisei entender tudo o que já tinha sido feito para depois saber qual seria o meu papel dentro do projeto. De início, sabia que mudaria algumas coisas dentro do protótipo do projeto, mas depois o rapaz que tinha me apresentado no grupo acabou saindo e outra pessoa entrou.
Então, primeiro eu tive a responsabilidade de orientar a pessoa que tinha acabado de entrar para os próximos passos. Fiquei apreensivo no começo e foi um desafio grande, pois eu também era recém chegado na empresa.
Quando chego em uma empresa, gosto de apresentar trabalho e não fico parado. O desafio foi entender a rotina da instituição que eu estava trabalhando e depois ficar à frente do projeto porque as pessoas que estavam junto comigo tiveram que sair e tocar outro.
Tive uma apresentação sobre o que eu estava fazendo dentro do projeto. Nisso, relatei sobre o que participava, pontos que poderiam melhorar e o que eu podia fazer para melhorar aquilo que já estava em execução. Acabei apresentando esse documento para todo o time, e foi muito satisfatório.
O que você pode nos dizer sobre o Bootcamp MID?
Inicialmente, o curso me ajudou bastante no fato de entender como posso estruturar meus projetos e realizar um design mais profissional. Até então, pensava que tinha que entregar o produto visual, mas não entendia o contexto por trás que levava para atingir um resultado relevante para os usuários.
Outro ponto importante para eu conquistar minha primeira oportunidade em UX foi o networking. Pois, foi um dos alunos da Aela que divulgou essa vaga na MJV na comunidade de alunos. Também aprendi muito com quem já está atuando no mercado e sempre compartilham suas experiências em nossa comunidade.
Além disso, a mentoria que recebemos do curso é super importante. Quando comecei a melhorar meu LinkedIn, recebi alguns feedbacks do Fernando Padovan, para estruturá-lo de maneira profissional.
Outra coisa que crucial para que eu entrasse na MJV foram os trabalhos do curso que realizei durante os primeiros níveis do MID. Eles que compuseram meu portfólio porque eu não tinha experiência e nem projetos na área de UX.
Recebi feedbacks muito válidos em cima dos projetos que fui desenvolvendo em cada nível. Após isso, consegui seguir evoluindo com meu portfólio de UX Design.
Também cito a importância dos vídeos extras do Bootcamp que foram essenciais para o estudo. Assim como os materiais que são publicados no Medium.
Resumindo, todo o conteúdo do Bootcamp necessita de atenção e não se deve pular etapas apenas para ser concluído.
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Qual é a dica que você deixa para quem deseja migrar para UX?
Minha dica se baseia em querer a mudança. Dessa forma, a pessoa precisa achar que a mudança irá fazer com que a profissão que ele exerce melhore muito.
Assim, o meu motivo para a migração foi o conhecimento, melhorar meu caráter e também dar uma qualidade de vida melhor para a minha família. Em cima dessas palavras, é preciso ter o pensamento de querer mudar, caso contrário, não dá certo.
Para alguém que está começando do zero e deseja entrar na área de UX, é preciso saber quem são os profissionais que estão à frente disso. É preciso identificar as informações que o profissional está lhe passando e verificar se possuem credibilidade.
O primeiro ponto é ter força de vontade para mudar, o segundo ponto é saber quem estará lhe orientando e quais serão os mentores por trás da instituição.
No meu processo de entrar na Aela, percebi que foi um investimento para o meu futuro e hoje eu posso dizer que no começo houve um pouco de receio durante a inscrição no MID porque eu estava empregado, mas optei por essa mudança e foi um grande investimento.
Assim, hoje sou extremamente grato por trabalhar na área de UX Design que escolhi para minha vida.