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Entrevistas

Design Com Foco Em Soluções, Não Opiniões - Entrevista Com Diego Crovador

por
Felipe Guimaraes e Equipe Aela
26/4/2021
4
minutos de leitura
Índice de conteúdos

Nesta entrevista, nós conversamos com Diego Crovador, publicitário e designer gráfico que não se sentia mais realizado com essa profissão. Ele acabou descobrindo o UX Design e decidiu fazer a migração de carreira.

Diego explica como conquistou sua primeira oportunidade de trabalho em UX em uma das maiores empresas de outsourcing do Brasil, a Indra, como Product Designer. Além disso, também deixa diversas dicas práticas para quem também esteja buscando uma oportunidade no mercado de UX.

Confira esta entrevista e que a trajetória do Diego te inspire!

Diego, qual o seu background?

Eu vim da publicidade e sempre trabalhei com direção de arte e Design Gráfico. Acabei passando por agências de pequeno e médio porte. Após isso tive uma breve passagem por uma consultoria de Marketing.

Voltei para área de Publicidade com o foco em mídia publicitária e com planejamento de mídia. Depois, eu me interessei por Web Design. Estudei HTML, CSS, Javascript. Porém, não era uma linguagem com a qual eu me familiarizava tanto.

Nesses estudos, comecei a me interessar por interfaces como um todo. Assim, acabei esbarrando nos famosos artigos UX x UI e conheci o lado do User Experience.

Nesse sentido, lendo esses conteúdos, resolvi  fazer a imersão  e migrar para o mundo do UX/UI. Pois, o Design Gráfico já não estava me fazendo feliz.

Dica de Leitura: Design: Estou Na Profissão Errada?

Você percebeu mudança do UX Design para o Design Gráfico?

Eu percebi que na direção de arte meu trabalho estava sendo julgado por um senso estético. Eu sempre perguntava o porquê das alterações e críticas e muitas vezes as pessoas não sabiam me explicar.

Então, encontrei no UX Design uma linha de raciocínio que fez muito mais sentido para mim. Não era mais o que eu acho ou não acho, e sim o que funciona ou o que não funciona. E isso fez total sentido.

Portfólio UX Design Diego Crovador
Storyboard - Exercício Bootcamp MID Aluno Diego Crovador

E quais foram os primeiros passos para chegar em UX/UI Design?

A partir do momento que decidi mudar de área, comecei a colocar mais trabalhos no meu portfólio relacionado a UX/UI Design. Foi quando surgiu o primeiro teste para uma oportunidade de trabalho. Nesse momento, eu ainda não tinha iniciado o Bootcamp MID. Então, acabei não sendo selecionado para a vaga.

Dessa forma, eu percebi que teria que aprender a pensar como um UX/UI Designer. Já que até então eu ainda tinha a mentalidade de procurar uma solução somente visual.

Assim, eu encontrei a Aela. E realizando ainda os primeiros exercícios dos níveis iniciais do Bootcamp MID, consegui meu segundo teste para uma oportunidade como Product Designer na Indra, e passei!

Com o MID eu aprendi a pensar no processo de Design com um todo. Pois, vocês me deram uma base de metodologia para que eu pudesse pensar em soluções e não mais somente no aspecto visual.

Dica de Leitura: 11 Razões que Fazem do MID um Curso de UX/UI Design Incrível

Qual foi o diferencial para você conseguir essa posição como UX/UI Designer nessa empresa?

O diferencial foi saber montar a linha de raciocínio, desde o problema até a solução final. Além de apresentar isso de uma forma que eu conseguisse explicar todo esse processo.

A parte da comunicação sempre foi difícil para mim, pois eu sou tímido. Então, me forçava a apresentar os trabalhos ao vivo, durante as aulas de mentoria do MID. O que me ajudou bastante, mas é uma parte que eu ainda preciso desenvolver mais, por causa da minha timidez.

Assim, nesse segundo teste, na Indra, que passei, já consegui apresentar melhor minha solução, devido as aulas de mentoria ao vivo que tive com vocês. Isso foi fundamental para mim.

Como é a empresa que você está atuando como Product Designer?

A Indra é uma empresa de outsourcing. Eu fui contratado para entender a parte interna de um banco e fazer sistemas, como Product Designer.

Realizei a primeira imersão onde fiquei de três a cinco dias em uma sala fechada com um cliente e a parte de negócios do banco, entendendo quais são as dores e necessidades deles. Logo em seguida, traduzi isso em um protótipo final que fizesse sentido.

Basicamente essa é a nossa função como Product Designer na Indra, desenvolver sistemas para áreas internas de bancos.

Dica de Leitura: Product Manager - Negócios, Tecnologia e User Experience

Quantas pessoas atuam com você na equipe de Design?

Na equipe, sou eu, como Product Designer e UX, um programador e um Product Owner. Os times normalmente são formados por esses profissionais e sempre em contato com o cliente, no caso o banco, para entender o que eles querem e precisam.

Portfólio Diego Crovador
Wireframe exercício MID - Aluno Diego Cravador

Você acha que o conhecimento em programação é importante?

Eu cheguei a fazer um bootcamp de programação web. Mas não era algo que eu me familiarizava tanto. Entretanto, foi interessante para entender o que pode e o que não pode ser feito. Já que meu conhecimento é limitado em programação.

Portanto, eu acho que é importante a gente ter conhecimentos, pelo menos superficiais, sobre códigos para conseguir iniciar uma conversa com os desenvolvedores. Por que o nosso trabalho impacta diretamente no deles, e vice-versa. Assim, quanto mais conhecimento eu puder agregar, melhor vai ser o meu trabalho e o deles.

Dica de Conteúdo: Episódio do nosso podcast onde abordamos a polêmica sobre UX Designer ter ou não que saber sobre programação

Seus conhecimentos de Design Gráfico foram aproveitados em algum momento?

Sim, com certeza. Como Designer você deve pensar em soluções e isso não mudou.

Quando era Designer Gráfico, meu foco também era voltado para solução do negócio, pois o negócio precisava comunicar ou vender algo. Então, eu tinha que traduzir isso em uma peça publicitária que mostrasse resultado.

O que eu "descartei" um pouco foi o foco somente na parte estética do produto. E durante o início dos estudos em UX/UI Design foi difícil de desapegar porque eu focava muito na parte visual.

Desde que você iniciou essa migração de carreira, o que teria feito diferente?

É difícil responder isso, mas provavelmente eu teria me forçado mais desde o começo a ter apresentado todos os trabalhos dos níveis do Bootcamp MID. Acredito que faria uma grande diferença, até para me acostumar com esse tipo de entrevista remota.

O teste que passei, na Indra, foi feito remotamente. Então, essa facilidade de comunicação teria facilitado a parte da apresentação do teste.

E seu portfólio? Como o descreveria após o Bootcamp MID?

Meu portfólio depois que entrei no MID foi feito do zero. Porque antes eu só tinha trabalhos voltados a direção de arte e não explicava a solução. Então, percebi que aquilo não teria muito valor para o meu portfólio de UX/UI Design.

Assim, eu realizei os trabalhos do MID com a mentoria de vocês e consegui colocar em meu portfólio projetos de UX Design dos níveis 2 e 3, o que foi um diferencial e abriu muitas portas para mim. Foi o que garantiu minha vaga na Indra como Product Designer.

Outra coisa é que muito válida para mim no MID é a comunidade de alunos. Tanto que estou todo dia no Slack vendo o que o pessoal posta para me manter atualizado. Sempre tem conteúdo muito interessante. Eu preciso me forçar mais a compartilhar esse conteúdo e interagir porque são pessoas da área.

Dica de Leitura: Portfólio de UX Design - 7 Erros Para Você Não Cometer
Portfólio UX Design Diego Crovador
Exercício MID nível 3- Redesign Nespresso Aluno Diego Crovador

Comente um pouco sobre Soft Skills

A habilidade que um Designer tem de comunicar a solução é uma das mais importantes. E essa habilidade é essencial para o momento em que me encontro. Então, tenho ido atrás de artigos e livros em como explicar essa solução para "não designers".

Essa é uma parte bem desafiadora, mas acredito que essa skill de comunicação seja fundamental para todos nós.

Quais são seus planos para o futuro?

Eu penso em pegar projetos bem desafiadores para a minha carreira. No momento estou na área interna do banco, então, penso em ter projetos continuando no B2B.  Além disso, também tenho em mente projetos B2C.

Quero trabalhar em uma empresa de entretenimento ou outro ramo focado no consumidor final e quem sabe trabalhar fora do país. Mas pretendo construir uma base de carreira aqui e depois pensar em ir para fora do Brasil.

Tem alguma dica para as pessoas que querem migrar para UX/UI Design?

Minha primeira dica é encontrar um curso que te dê a base do mercado. Isso é muito importante, na verdade, para mim foi fundamental ter esse passo a passo que vocês proporcionam, indo nível por nível.

Além disso, é bom sempre lembrar que alguma bagagem da carreira anterior a gente sempre aproveita. Pois, o UX/UI Design engloba muitas outras áreas como psicologia, processos, vendas. É o conjunto de habilidades que irão formar um bom profissional.

Depois, é importante ir atrás de livros, ler muitos assuntos não só relacionados a Design como também comunicação interpessoal. Às vezes, é isso que diferencia um bom Designer de um ótimo Designer, é como saber se portar, se comunicar, apresentar a ideia e se vender.

Dica de Leitura: Como Aproveitar meu Background e Migrar para UX Design?
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