Rodrigo sentia necessidade de se envolver mais nos projetos e interagir com uma equipe. Mas se sentia inseguro para migrar de carreira em virtude de sua idade. Após 13 meses, desde que tomou a decisão de mudar de área, Rodrigo consquistou sua primeira oportunidade em UX Design.
Confira essa trajetória de superação e as dicas que Rodrigo compartilha com quem também está nessa jornada de migrar para UX/UI Design.
Rodrigo, conta para a gente um pouco sobre você
Eu sou formado em Publicidade e Propaganda e todo o meu background é offline - trabalhei por quase 15 anos nessa área. Fiz desde Nota Fiscal até marcas para grandes empresas, agências reguladoras e confederações nacionais.
Antes de fazer o Bootcamp MID, eu vinha sentindo necessidade de me tornar mais estratégico - eu era uma pessoa muito executora e isso começou a me incomodar. Eu queria poder trocar ideias e informações com outras pessoas da agência e trabalhar mais em equipe nos projetos.
Acho que esse foi o principal fator que me estimulou a mudar de área.
O MID apareceu em um momento muito delicado da minha vida, eu tinha acabado de perder minha mãe, era filho único, e estava muito abalado emocionalmente. Cheguei a ficar muito na dúvida entre começar ou não o curso. Mas conversei com minha esposa e equipe da Aela que incentivaram e me apoiaram e eu decidi pegar firme nos estudo.
Como você descobriu o UX Design?
Eu não aguentava mais executar o processo sozinho, principalmente o fato de não ter com quem compartilhar as minhas decisões.
Além disso, eu também não recebia feedbacks dos meus clientes, então eu não sabia qual era o impacto do meu trabalho - isso era algo que me incomodava muito também.
A primeira vez que eu vi a palavra UX foi no início de 2018. Um colega me contou que estava migrando para essa área e eu achei bem interessante. Quando ele me contou que em UX o Designer participa de todo o processo e que o trabalho continua depois da entrega, deu um clique.
Esse colega me passou alguns materiais de leitura, mas eu sentia muito a necessidade de um curso.
Passei um tempo procurando algo que fosse de qualidade e me ajudasse nesse processo. Foi quando encontrei o workshop "Migrando para UX/UI Design" da Aela e resolvi assistir às aulas e foi fundamental para o momento em que eu estava.
Depois de fazer o workshop, me inscrevi no Bootcamp MID e achei a estrutura incrível, com as aulas e todos os projetos que os mentores nos passam para desenvolvermos.
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Conta um pouco da sua jornada de estudos em UX
Primeiro, o que eu mais fiz foi a quebra de mindset. Apesar de vir de uma área relativamente semelhante, ainda assim tinha muitas mudanças as quais tive que me adaptar.
Mas eu tive muito apoio da comunidade da Aela - recebi várias recomendações de leituras para estudo e referências. Isso foi excelente. Fiz alguns outros cursos online e participei de muitos eventos em UX Design, principalmente em São Paulo.
Eu tinha alguns preconceitos na minha cabeça quando resolvi mudar. Achava que estava velho com 39 anos e que não teria mercado. Confesso até que no início pensei em desistir, mas pensei: "se eu não fizer o meu trabalho, ninguém vai fazer por mim".
Nesse momento, ver os relatos dos alunos do MID me deram um novo combustível para eu continuar me dedicando às aulas e aos projetos. Depois de um tempo, parei de me preocupar e resolvi fazer a minha parte e ver onde chegaria.
As apresentações dos trabalhos do MID, que acontecem durante as aulas ao vivo, também foram essenciais para a minha jornada. Em alguns momentos podia até ficar chateado com um ou outro feedback, mas percebi que o nível alto de exigência dos mentores é fundamental, porque o mercado também é exigente dessa forma.
Rodrigo, como foi para conquistar essa posição como UX Designer?
Eu fiz alguns processos antes de conquistar a posição em que eu estou agora, como UX Designer na Stefanini Brasil. Algumas delas envolveram testes que pediam wireframe, construção de persona e jornada de usuários. Levei bastante não até conseguir o sim, mas fui aprendendo com cada processo e cada resposta negativa.
É um pouco complicado porque ao mesmo tempo que você aprende e se sente preparado, quando você aplica para uma vaga percebe que na realidade ainda falta um pouco para chegar lá. Mas isso faz parte do aprendizado.
O processo seletivo para a posição em que estou agora foi simples e surpreendente. Eu estava em São Paulo quando recebi uma ligação de uma pessoa da empresa falando que tinha gostado meu LinkedIn e do meu portfólio. Inclusive, o meu portfólio só possuía dois trabalhos de UX na época, que foram desenvolvidos durante os 2 primeiros níveis do MID.
O legal é que eu não tinha me aplicado para a vaga - foi uma indicação e acabaram me ligando.
Marcamos uma entrevista, e dessa vez não rolou a parte do teste que muitos processos têm, só precisei mandar o meu currículo.
O entrevistador me fez muitas perguntas técnicas e me perguntou sobre minha experiência. Eu fui muito sincero. O que consegui responder eu respondi, mas se eu não sabia eu era honesto e dizia que estava disposto a aprender.
A vaga era Júnior - inclusive, ele me perguntou se isso seria um impedimento para mim já que era Sênior no meu último trabalho. Isso era algo que eu já havia trabalhado bastante internamente, que para migrar eu teria que dar alguns passos para trás, inicialmente, para depois conquistar mais oportunidades do que havia na área de Publicidade.
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Como está sendo o seu dia de trabalho?
Minha rotina é completamente diferente do que eu fazia antes. Antigamente, a primeira coisa que eu fazia era abrir o Photoshop e o Illustrador. Agora, abro a minha agenda para ver se tenho alguma reunião ou apresentação e as prioridades do dia.
No começo eu estranhei a rotina, achei bem mais lenta do que a que eu estava acostumado. Mas agora, eu já me acostumei. Tenho uma rotina mais flexível, mais tranquila, não é aquela loucura da agência.
Hoje trabalho com uma equipe de mais 2 UX Designers e os desenvolvedores. Isso está sendo bem legal, até porque eu sentia bastante necessidade desse contato com uma equipe e o desejo pela estratégia.
Quais são as dicas que você deixa para quem quer migrar para UX Design?
É importante lembrar que a cada "não" que a gente recebe em uma entrevista a gente se fortalece. Podemos ficar tristes por um tempo, mas não deixe isso te desencorajar.
A primeira dica é se capacitar, estudar e fazer a sua parte. Busque uma ajuda de verdade, como a Aela e o Bootcamp MID. Além dos projetos e trabalhos que fazemos que ajudam no portfólio, temos todo apoio da comunidade e a possibilidade de trocar experiências e aprender ainda mais.
Humildade também é outro ponto essencial, mas isso não significa não se arriscar. Não tenha vergonha de aprender o que não sabe e nem de dar a cara a tapa. Se encontrar alguma vaga, se candidata e segue em frente.
Persista e não desista. Não tem atalho e não vai ser fácil, mas a satisfação de alguém te ligar e falar que você conseguiu a vaga não tem comparação