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Entrevistas

Controlei a Ansiedade e Virei UX Designer — Entrevista Com Jonas Gomes

por
Felipe Guimaraes e Equipe Aela
2/6/2021
4
minutos de leitura
Índice de conteúdos

Neste bate-papo, Jonas explica como seu sentimento de insatisfação com a antiga carreira lhe deu impulso para procurar por coisas novas, até se deparar com UX Design, que mudaria sua vida e profissão!

Além disso, ele nos conta como foi importante a ajuda de outro aluno do MID para conseguir se estruturar melhor e se dedicar inteiramente ao curso, pois sentia dificuldade com sua rotina de trabalho e estudos.

Em meio a todas essas mudanças e com o estouro da pandemia, Jonas ainda teve que aprender a lidar com a ansiedade para conseguir trilhar seu caminho com mais calma e conquistar sua primeira oportunidade em UX Design!

Confira essa história e inspire-se!

Jonas, para começar, apresente-se!

Eu me formei em publicidade e propaganda em 2011. Mas a minha vida profissional sempre foi ligada ao design gráfico.

Comecei a trabalhar no terceiro semestre da faculdade e fui sempre subindo de nível nas agências e nas empresas até chegar a ser diretor de arte.

Depois de um tempo, sai do mundo de agências, me dediquei a ser freelancer e, em seguida, voltei para o mercado, trabalhando na área de marketing, mas ainda como designer gráfico.

Nesse sentido, atuei como designer gráfico de 2011 a 2019.

O que te chamou a atenção em UX Design que fez com que você decidisse mudar de carreira?

Chegou um ponto onde eu não me sentia mais realizado com a carreira em design gráfico. Eu comecei a não me enxergar nessa profissão.

A partir disso eu comecei a procurar novas possibilidades ainda dentro do design, outras vertentes que pudessem ser mais interessantes para mim. Eu não queria me desvincular totalmente do design.

Em 2015, então, decidi me dedicar ao freelance, trabalhando com clientes do mercado cultural. Nesse sentido, comecei a desenvolver capas de CD, comunicação de museu e etc. É uma área onde eu me sentia mais realizado, embora ainda trabalhasse com design gráfico.

Depois desse período, acabei retornado para o mercado no departamento de marketing em uma empresa, novamente atuando como designer gráfico.

Mas aquela sensação de insatisfação começou a voltar e eu sentia que precisava mudar, me atualizar, seguir em frente.

Nisso, comecei a pesquisar mais sobre UX Design e sobre todo esse universo gigantesco que existe nessa área, dentro e fora do Brasil.

Decidi me aprofundar e buscar por cursos nessa área. Foi aí que encontrei a Aela e o MID.

Dica de Leitura: O que é o Bootcamp Master Interface Design — MID?

Teve alguma coisa específica em UX Design que acabou te encantando?

Eu sempre tive bastante curiosidade e interesse sobre aplicativos e produtos digitais.

Quando me deparava com eles, meus olhos brilhavam e eu me perguntava como eram desenvolvidos, qual era o processo, o fluxo, como que esse produto é criado.

Dessa forma, comecei a olhar com outros olhos para esses produtos e procurei entender como que eles eram materializados, o que rolava por trás desses aplicativos que usamos no dia a dia.

Efetuando essa pesquisa foi que encontrei as nomenclaturas UX Design, UI Design, Product Design. Eu realmente não conhecia esses termos, apesar de ter trabalhado um pouco com Web Design, e hoje eu sei que são coisas bem diferentes.

Fui me encantando e pesquisando cada vez mais pela área, até que decidi mergulhar de cabeça porque achei ser uma oportunidade legal.

Portfólio UX Jonas Gomes
Portfólio Jonas Gomes

Você começou estudando UX Design por conta própria. Pode dar alguma dica para quem quer começar a estudar também?

Existem muitos materiais e conteúdos na internet.

Inclusive, eu comecei a ler os seus artigos e textos na época do Choco La Design ainda.

Mas existem muitos vídeos, artigos no Medium, blogs especializados no assunto que compartilham e produzem materiais muito bons sobre UX Design e por onde as pessoas podem começar a entender melhor sobre a área.

Como que foi o seu processo de estudo, já sendo aluno do MID?

Eu me matriculei no MID em dezembro de 2018.

Nessa época, eu achei que conseguiria conciliar o trabalho com o curso. Mas eu estava enganado! O MID tem uma rotina de estudos bastante intensa!

Fiquei nessa tentativa de equilibrar esses pratos até outubro de 2019. Mas era muito difícil para mim. Eu trabalhava o dia inteiro e, quando chegava em casa, não tinha mais forças para estudar e acaba não rendendo.

Em meio a essa situação, eu decidi pesquisar como eu poderia largar o trabalho para me dedicar inteiramente aos estudos.

Nisso, eu encontrei uma entrevista com outro aluno do MID, o André Borges e eu entrei em contato com ele.

O André me passou várias dicas sobre esse tema, porque ele havia feito esse movimento de deixar o trabalho e se dedicar ao MID. Trocamos muita ideia sobre o assunto e nos tornamos bons amigos.

Com as dicas dele, comecei a me organizar e conversei com a minha namorada sobre esse movimento. Ela me deu total suporte e apoio, e eu fiquei de outubro de 2019 até outubro de 2020 me dedicando somente aos estudos, quando consegui a minha primeira vaga na área.

Nesse meio tempo, estourou a pandemia e eu já estava no nível 3 do curso. Isso me deu uma certa insegurança, mas segui estudando.

Dica de Leitura: Do Marketing para UX/UI Design — Entrevista com André Borges

Como foi o processo de procurar e conseguir a vaga?

Eu estudei até o nível 4 do MID.

No meu portfólio havia dois cases completos, o da Nespresso e o da Wikipédia. A partir disso eu montei meu currículo e comecei a me aplicar para vagas.

Comecei a procurar em meados de 2020, mas as coisas ainda estavam bastante incertas e instáveis por conta da pandemia. Muitas vagas haviam sido congeladas.

Mas eu continuei buscando e, depois de um tempo, percebi que o mercado estava melhorando. As empresas estavam precisando muito de pessoas para trabalhar com UX Design.

Comecei a mandar meu CV, estabelecer contatos. Recebi muitas negativas, mas fiquei feliz de ter tido a oportunidade de conversar com bastante gente de RH.

Decidi focar nas vagas mais Júniores e, em outubro de 2020, eu consegui a minha primeira vaga. Um ano depois que comecei a me dedicar aos estudos em UX Design.

Portfólio UX Jonas Gomes
Portfólio Jonas Gomes

Como foi o processo para entrar nessa vaga?

Primeiro, a empresa fez uma triagem e gostaram muito do meu trabalho, do meu portfólio e como eu estruturei os cases e mostrei meu pensamento e raciocínio. Tudo isso eu aprendi no MID.

Em seguida, perguntaram se eu gostaria de fazer o teste e eu respondi que sim.

O teste foi fácil! Mas foi fácil para esse Jonas de 2020, porque o Jonas de 2018 não teria condições de fazer e passar nesse teste!

O meu sucesso nesse processo, eu devo muito ao MID, porque ele me deu base e conhecimento para efetuar e passar no teste. Eu sabia muito bem o que eu estava fazendo.

Como que está sendo o trabalho? Você está remoto? Com foi o processo de onboarding?

Eu trabalho para uma empresa que abriu vagas pelo Brasil todo, então, na verdade, a minha vaga é 100% remota mesmo depois da pandemia.

Eu estou na terceira semana agora. As duas primeiras foram totalmente dedicadas ao onboarding.

Nesse processo de integração, pude aprender bastante sobre o produto, conheci as pessoas e marquei reuniões.

Todo esse processo foi muito bem estruturado e me senti muito tranquilo com a receptividade e o acolhimento que recebi, principalmente por ter entrado como UX Designer Júnior.

Dica de Leitura: Por Que Times Balanceados São Importantes em UX Design?

O que mudou de quando você era designer gráfico para agora, em UX Design?

A primeira mudança foi de mentalidade; de entender que as coisas não são somente visuais e estéticas, mas que é preciso entender o usuário.

Eu sentia muita falta desse "propósito" em design gráfico. Constantemente eu me via perguntando coisas como: "eu estou fazendo isso para quê?", "qual o impacto que isso vai ter na vida das pessoas?"

Em UX Design, a gente aprende a importância do usuário e como vamos desenvolver o produto para que as necessidades sejam atendidas.

Outra diferença grande entre design gráfico e UX Design é o entendimento e envolvimento do processo todo.

Enquanto designer gráfico, eu colocava meus fones, fazia meu trabalho e só.

Em UX, eu tenho que pesquisar, pensar, rabiscar, montar a jornada, o wireframe.

O MID me deu essa base, porque eu não sabia como funcionava o processo de criação e desenvolvimento dos produtos. Esse foi um dos maiores aprendizados que eu tive.

Portfólio UX Jonas Gomes
Portfólio Jonas Gomes

O que você diria para o Jonas do passado sobre o seus aprendizados?

Além de tudo o que eu aprendi sobre a área de UX Design, produtos e processo, eu também aprendi muito sobre mim.

Eu aprendi muito sobre a ansiedade, sobre a importância de parar e respirar.

A gente fica querendo que as coisas aconteçam muito rápido, com pressa; nos comparamos muito com as outras pessoas e muitas vezes esquecemos que cada um tem o seu tempo, sua trajetória.

Eu tinha muitas dúvidas e inseguranças, mas aprendi a lidar com isso, com a minha própria ansiedade. Aprendi a segurar a onda e entender que em algum momento seria a minha vez.

A gente fica muito ansioso no começo do curso, e isso vai evoluindo se não aprendermos a controlar.

Gostaria de deixar algum recado final?

Queria dizer para as pessoas terem paciência e disciplina.

Estudem, consumam conteúdo.

Se você faz o MID, tenha a certeza de que o conteúdo é de alto nível e que vai fazer a diferença para você conseguir migrar de carreira. Com certeza, foi uma das grandes escolhas da minha vida ter começado o MID.

Portanto, tenham paciência, sigam estudando, uma hora tudo vai dar certo!

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