Nessa entrevista com o Kevin, ele nos conta como foi conquistar sua primeira vaga em UX Design, atuando como Product Designer, na Suíça.
O Kevin fez faculdade em Design e mestrado em Inovação na Suíça, mas quando ele decidiu iniciar a carreira em UX Design, sentiu que não estava preparado, pois faltava aquela parte prática de UX.
Foi então que ele encontrou a Aela, e decidiu entrar no Master Interface Design. Confira esse relato, que nos ensina sobre a importância de unir teoria à prática, e de continuarmos aprimorando nossos conhecimentos!
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A Aela foi a minha porta de entrada para o mercado de trabalho. - Kevin Panchaud, aluno do MID.
Oi Kevin, se apresenta para o pessoal!
Oi Felipe, oi pessoal. Meu nome é Kevin, sou formado em Design pela faculdade federal de Pernambuco. Na faculdade estudei um pouco de moda, gráfico, mas meu foco sempre foi mais gráfico. No final do curso, eu me perguntei sobre o que queria fazer, e eu sempre tive curiosidade pela área de inovação e uma área mais digital.
Voltando um pouco (risos), como eu sou metade suíço e metade brasileiro, eu já estava de olho em mestrados na Suíça. Então, quando eu encontrei um mestrado em inovação na área de produtos e serviços fiquei muito interessado e logo depois do bacharelado já me inscrevi.
E eu estava bem ansioso, queria muito entrar nessa área porque eu via que estava crescendo. Quando recebi a resposta positiva, me mudei para Suíça, e o mestrado me abriu muito os olhos. Aprendi muita coisa na área de estratégia, service design e UX design.
Foi um mestrado pluridisciplinar, com pessoas de diversas áreas, como engenharia e economia. E o objetivo é que por meio da metodologia de Design Thinking, trabalhando em grupo, a gente pudesse inovar algum produto ou serviço.
A proposta era que cada integrante iria agregar um valor de acordo com sua área de conhecimento, eu agreguei muito na área de design, por exemplo.
Depois desse mestrado, que eu terminei no meio da pandemia, eu estava bem ansioso. Eu tinha muita teoria, mas sentia que faltava prática. Então estava com dificuldade de construir meu portfólio. Eu não tinha projetos concretos para mostrar no meu portfólio.
Dica de leitura: Design Thinking: Criando Soluções Inovadoras
Experiência prática com o Master Interface Design
Foi aí que pesquisei cursos de UX Design para fazer, e procurando muito no Google, e ouvindo muitas indicações, eu encontrei a Aela. Procurei muitas entrevistas da Aela também, e vi que poderia me agregar muito valor.
E eu me inscrevi e me lembro que tive uma entrevista com você Felipe, e fui explicar o portfólio que eu estava tentando fazer e você me deu dicas. Isso me ajudou bastante a começar o curso com a cabeça mais erguida. Eu foquei bastante no conhecimento mais prático que a Aela poderia me dar.
Eu comecei o projeto do nível zero, e quando terminei tive vários feedbacks dos mentores. Foi muito importante isso para mim, cada feedback que recebia eu podia melhorar mais e foi isso que me ajudou. Tinha coisas que eu não conseguia perceber antes.
No ano seguinte eu queria muito encontrar um trabalho, mas sabia que ainda não estava pronto, então continuei o nível 1, e comecei a fazer o outro projeto, que foi de uma Landing Page, e comecei a melhorar muito nessa área. As heurísticas de Nielsen também, que pude implementar no meu projeto.
E logo depois comecei a postular para estágio, eu queria poder estagiar, mas, ao mesmo tempo, ter tempo para me dedicar a Aela.
Estágio em UI Design
Até que finalmente uma empresa, uma agência digital me contactou, sendo que a proposta deles era mais para parte de UI Design. E eu não era muito forte na parte de UI. Mas pensei que poderia ser uma oportunidade para eu melhorar isso.
Eu fiquei quase 1 ano nessa agência e em paralelo estudava a Aela. Eu fiz projetos para empresas bem grandes quando estava nessa empresa, como a Nespresso e Philip Morris.
Foi muito desafiador no início, eu já sabia falar francês, mas o inglês era muito importante também, e eu tive que me desenrolar. Tive que começar a estudar paralelo também inglês. Então os últimos dois anos foram bem intensos de estudos, de projetos e inglês.
Depois do estágio me senti mais preparado na área de UI, mas queria algo mais focado em UX.
Dica de leitura: Qual a Diferença Entre UX e UI Design? – Entenda De Uma Vez
A oportunidade em UX Design
E no final de 2022 apareceu uma oportunidade para trabalhar numa Fintech aqui na Suíça. Porém, eles queriam um Product Designer, não apenas um UX designer.
Eles queriam alguém que pudesse fazer um pouco dos dois. E eu estava muito receoso, mas, ao mesmo tempo feliz. Porque graças ao meu estágio e ao conhecimento que a Aela e o mestrado me deram, eu pude me considerar um Product Designer a partir desse ano.
E foi aí que realmente começou a minha batalha profissional, digamos assim.
Porque fui trabalhar numa empresa que não era uma área que eu conhecia muito. Não sabia como funcionava essa área de finanças e investimento. E eu falei para eles, fui bem sincero, que não conhecia muito bem a área, mas que estava disposto a aprender tudo.
Foi muito legal, porque eles falaram que queriam justamente pessoas que tivessem uma visão externa para acrescentar valor a empresa.
E eu achei bem interessante e aceitei. Estou trabalhando nessa empresa até hoje, é uma empresa internacional e fintech é uma área que realmente tá crescendo bastante.
Outra coisa que percebi, é que conforme o tempo foi passando, vários recrutadores começaram a me contactar. No início eu estava desesperado (risos), eu pensava, ninguém me contacta. Agora eu tô muito tranquilo, sei que UX e UI é uma área com muita oferta demanda.
É importante fazer o portfólio, e seguir com a mente tranquila, porque a hora certa vai chegar.
Quais foram os principais pontos que, na sua opinião, te ajudaram a conquistar aquela primeira vaga em UX Design?
Eu diria que o primeiro ponto é acreditar em você mesmo. Eu não tinha muita confiança em mim no início, e estava com medo de seguir uma profissão em outro país. Apesar de ter família aqui, eu nasci no Brasil.
Então, não é apenas, querer, é acreditar que você consegue, e persistir.
Eu comecei a entrar em contato com várias pessoas, pelo LinkedIn inclusive, e comecei a falar com recrutadores.
E ter perseverança também. Você tem que procurar. Procurar vagas de UX design, pessoas que trabalhem com UX design e conteúdos de UX.
Eu nem lembro quantos currículos e portfólio eu mandei, acho que no mínimo foram mais de 50, 60. E quando você recebe respostas negativas no início, é muito decepcionante.
Mas no final das contas, é um processo. Conforme eu fui enviando portfólios, eu recebia feedbacks negativos, mas também tive curiosidade em perguntar.
Acho que é uma coisa muito importante. Eu perguntei a alguns recrutadores o porquê do não, para saber onde melhorar. Cada feedback foi muito valioso.
Dica de leitura: Portfólio de UX Design: 6 Dicas Essenciais Para Montar o Seu
Na faculdade, você entrega um trabalho, ganha um nota e acabou. No MID não, você só passa de nível quando seu projeto for aprovado.
Como foi para você lidar com isso? Com o vai e vem dos projetos, e os feedbacks negativos?
Eu me lembro que o primeiro projeto, tive muitos feedbacks negativos e positivos. Mas é construtivo. E eu fui colocando a mão na massa, melhorando o que precisava. Teve até uma hora que pensei: "meu deus, não sei mais onde melhorar, eu não vejo".
O mentor falava, "Tá muito bom, mas pode ficar melhor ainda se você melhorar tal coisa". E eu via que cada feedback era muito valioso.
Inclusive, quando coloquei o projeto do MID no portfólio fez muita diferença.
E como foi apresentar esse trabalho na Suíça?
Uma coisa que eu sempre quis, quando comecei o MID, era fazer meu projeto em inglês. Então uma coisa que eu aconselho para quem quer uma carreira internacional, é fazer o projeto em inglês.
Eu tive entrevistas em francês e em inglês. Para apresentar o projeto você não tem muito tempo para explicar cada detalhe, tem que ir rápido. Para empresa que eu trabalho agora, eu apresentei o trabalho do dashboard que fiz na Aela.
É um projeto que gostei muito e coloquei no meu site, fiz sobre o Spotify. Lembro que os designers gostaram muito, fizeram várias perguntas e ficaram curiosos sobre como eu consegui chegar naquele resultado.
E cada pergunta que eles foram perguntando eu respondi com muita tranquilidade. Eu diria que depois de cada entrevista que fiz, fui amadurecendo. Na entrevista para o meu estágio, eu lembro que tava muito nervoso.
Conforme você vai fazendo entrevistas você vai aprendendo e ficando mais tranquilo.
Por fim, eu fiquei muito feliz, os feedbacks foram bem positivos. Eles queriam conhecer um pouco mais sobre a minha habilidade, e me enviaram um design challenge depois para fazer.
É assim mesmo, conforme você vai praticando o seu storytelling, tudo vai ficando mais fluído. E sobre o design challenge, como foi?
Eles dão normalmente um documento digital como uma folha em branco, e um tempo definido, eu tive duas horas para fazer o challenge. Tinha um texto enorme, e me deram total liberdade sobre como fazer.
Tive que pensar bastante antes, sobre qual seria a melhor maneira de mostrar o design challenge, e o que eu poderia fazer em duas horas.
Eu comecei a pegar pontos que eu queria acrescentar, como por exemplo, um pouco de pesquisa, e um pouco também da prática, como o protótipo.
Então graças a essa mescla, eu fiz um pouco com base no Notion. Claro, depois de sempre ter trabalhado projetos da Aela no Notion, eu peguei prática né. E isso me ajudou bastante no design challenge porque eu pude estruturar bem legal.
Mas as duas horas passam muito rápido. Eu fui fazendo as perguntas, como quem seriam os usuários que iriam usar o aplicativo. E logo em seguida eu fui ver como poderia mostrar visualmente o protótipo.
Eu fiz uma maquete MVP, muito simples mas ao mesmo tempo bem intuitiva, eu queria respeitar também as normas de design. Fiz um wireframe de alta fidelidade, no Figma, não cheguei a fazer a parte de UI, mas eles puderem ver a minha capacidade no programa.
E isso foi muito positivo para eles porque eles queriam uma pessoa que pudesse usar o Figma com mais facilidade, e eles viram que eu tinha conhecimento técnico.
Graças ao estágio e também todos os conhecimentos que adquiri na Aela nos projetos práticos, aprendi muitas coisas no Figma como auto layout, como criar um design system, então eu fiz um pequeno design system, bem pequeno, só para mostrar o que eu conseguia fazer.
E todas essas pontas que fiz eles adoraram, foi muito bom para a empresa. Tanto que depois que eles me contrataram, eles me contaram que o projeto que eu fiz nesse challenge foi mais do que eles esperavam.
Eu fiquei muito feliz.
Dica de leitura: Leis de UX: Os Princípios Básicos de UX Design
Duas horas é punk mesmo. E você conseguiu mostrar um pouquinho de todo conhecimento que você tinha, e fez questão de demonstrar que podia ir além. Parabéns!
Você comentou que alguns recrutadores começaram a aparecer esse ano, então queria te perguntar, como está o cenário aí na Suíça para a nossa área?
A Suíça é um país muito tecnológico, mas não é tão "famosa" quanto a Alemanha ou França, e é um país muito pequeno. Mas na questão de tecnologia, e principalmente fintech, tem muito aqui e talvez as pessoas não saibam.
A diferença é que, tem muitas oportunidades em UX Design, mas profissionais bons, são muito poucos. Muito poucos.
Tanto que eu comecei a participar do processo de recrutamento na empresa que eu tô trabalhando - a gente tava procurando um designer para substituir uma pessoa que tinha saído. E foi muito difícil de encontrar um.
A gente encontrou um, finalmente, era um designer que veio da espanha. Mas é muito difícil encontrar um bom UX designer.
Então quando eu vejo pessoas que fazem Aela, que tem um conhecimento prático - que vocês oferecem isso pra gente - eu imagino qualquer um trabalhando aqui, em qualquer empresa, porque é isso que eles procuram. Pessoas que tenham conhecimento prático.
Eu vi portfólios de pessoas se aplicando para vaga sênior que não estavam preparados.
Como um expatriado pode aumentar as chances de sucesso, na sua opinião?
Eu diria que a primeira coisa, é saber falar o idioma. O inglês é a chave e outra coisa é saber falar o idioma local. Pelo menos um pouco.
Além disso, acho que são as conexões. Eu comecei a contactar, quando ainda morava no Brasil, com pessoas daqui.
Acho que isso é muito importante. Investir no Linkedin por exemplo, é muito importante também.
Outra coisa, é poder começar humilde. Eu conheço pessoas que querem vir, e já procuram cargo acima. Você pode até descer um pouco nível, mas você vai crescer muito rápido aqui.
Quando eu vim, eu tava estudando aqui, e trabalhava como caixa no supermercado. A Suíça é um país caro (risos).
Às vezes a gente não começa com o quer, a gente tem que dar um passo para trás para poder chegar na cereja do bolo.
Talvez algumas pessoas pensem, ao ver essa entrevista depois, que está mais fácil para você que está na Suíça. Mas tem muito perrengue em morar em outro país.
Não foi fácil. Tanto é que teve um momento que eu pensei, será que volto para o Brasil? Mas pensei, não, vou continuar qui, vou fazer a Aela, e continuar tentando.
Legal, e é pra isso que a gente existe.
Eu aconselho para todo mundo que queira ou mudar de área ou melhorar o portfólio, "façam Aela".
A pergunta final que eu sempre faço: se pudesse mudar algo, o que você falaria ou avisaria para o Kevin do passado?
Acho que o que eu teria feito antes, é ter investido no meu inglês. Antes de sair do brasil.
E ao mesmo tempo, quando eu estava fazendo o meu mestrado, se eu soubesse da Aela, talvez nem teria feito o mestrado.
Talvez teria feito já a Aela e entrado no mercado de trabalho.
Acredito que o mestrado, te dá um diploma. Mas o que importa mais para o mercado de trabalho, é a prática, é o portfólio, é o que você sabe fazer. Você precisa colocar a mão na massa.
E foi a Aela que me proporcionou realmente isso. Então, eu diria que o mestrado foi, uma porta de entrada para a Suíça, mas a Aela foi a minha porta de entrada para o mercado de trabalho.
Eu deveria ter focado mais nessa parte prática antes.
Dica de leitura: Migrar Para UX Design – Não Comece Pelo Portfólio
Não lembro se já te falei, mas em 2023 tem muita novidade saindo na Aela. Não posso dar muitos spoilers ainda (risos).
Cara, parabéns! Pela sua humildade, por toda sua jornada! Sucesso!