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AI & Photoshop

What Is the Relationship Between Matte Painting and Photoshop?

by
Marcelo Dantas
May 19, 2021
4
minutes of reading
Table of Content

O que é Matte Painting?

Matte Painting é uma representação pintada de um cenário, ambiente, ou localização distante.

Nesse sentido, montar essas representações permite que os produtores de filmes criem uma ilusão de um ambiente que, de certa forma, seria bastante caro construir ou locar.

Pode-se dividir a história do Matte Painting em Antes da Computação Gráfica (ACG) e Depois da Computação Gráfica (DCG), que foi advento que transformou radicalmente a maneira de se fazer Matte Painting e, consequentemente, os requisitos técnicos para tornar-se um artista na área, como veremos mais adiante.

Antes da Computação Gráfica

Essa história começa há muito tempo, mais precisamente em 1860 com o fotógrafo Henry Peach Robinson, que se tornou um sucesso comercial quando começou a combinar os negativos de filme com desenhos para incrementar os objetos de sua arte.

Em 1905, inspirado nas experiências que Robinson fazia, Norman Dawn, outro fotógrafo, foi mais adiante e começou a posicionar placas de vidro pintadas à mão entre a lente e o objeto que seria fotografado.

Mais tarde, o próprio Norman se enveredaria pelos caminhos do cinema, desenvolvendo trabalhos para o filme Missões na Califórnia (1907), aproveitando essa técnica também em um filme relativamente recente, o Dança com Lobos (1990), já que nessa época a computação gráfica apresentava resultados bem satisfatórios.

O artista de Matte Painting tinha que ser perfeccionista ao extremo na composição dos cenários e de todos os detalhes. Por isso sua presença era fundamental nos sets de filmagens, para a realização de pequenas correções e alterações de última hora.

Essa necessidade causou alguns impasses na época porque nem todos os artistas tinham a possibilidade de ficar à disposição das filmagens, acarretando em certas dificuldades e atrasos nas produções.

Além disso, a pintura vista como um elemento fixo na composição impunha restrições dramáticas à liberdade de movimentos da câmera, e somente alguns operadores muito hábeis e talentosos conseguiam driblá-las.

Mas, mesmo assim, pelas possibilidades de imagens que oferecia, somado a enorme redução de custos de produção, o Matte Painting ganhou o mundo e passou a fazer parte da rotina da produção cinematográfica, chegando a destacar-se em filmes como:

  • King Kong (1933)
  • O Mágico de Oz (1939)

O seu peso e relevância na criação do universo mágico do cinema não devem ser subestimados.

O Mágico de Oz marcou a História com o uso extensivo do Matte Painting em cenários de extraordinária beleza, criando um ambiente de sonhos perfeitamente sincronizado com a temática da obra.

Historicamente, pintores e cineastas usaram diversas técnicas para combinar uma imagem de Matte Painting com sequências reais. Essas técnicas podem ser usadas para criar cenários novos inteiros, ou estender parcelas de um cenário existente.

George Lucas, quando criou a Saga Guerra nas estrelas em 1977, abusou do uso da Técnica de Matte Painting para criar os cenários dos filmes. Veja abaixo umas imagens como foram feitas.

Michael Pangrazio‎
Ralph McQuarrie’s
Chris Evans

Depois da Computação Gráfica

Com a chegada dos computadores e softwares gráficos como o Photoshop, o Matte Painting tradicional começou a ficar esquecido. Afinal, todas as técnicas que se usavam até agora poderiam ser usadas digitalmente e com muito mais velocidade de produção e  recursos.

Atualmente, o Matte Painting é feito com o uso de um tablet e softwares como Photoshop, em um ambiente digital, ou também podem ser feitos em um ambiente 3D, permitindo movimentos de câmera tridimensionais. Nesse caso, um recurso muito utilizado é o câmera mapping.

Os intricados backdrops são compostos por sucessivas colagens e retoques de elementos extraídos de imagens fotográficas ou geradas por software 3D com render hiperrealistas.

Ouso ir além e afirmar que o cinema de hoje elevou a magia do sonho ao status de para-realismo, principalmente com a adição da modelagem e animação em três dimensões. Atualmente, o Matte Painting está presente em 9 entre 10 filmes que você vê.

Seguem aqui alguns exemplos de cenários feitos digitalmente com as mesmas regravações dos filmes clássicos que citei anteriormente

  • King Kong (2005)
  • O Mágico de Oz (2013)
  • Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003)
  • Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)

Como vimos, não tem como falar de Matte Painting sem citar filmes de cinema, afinal, 90% dos cenários são pinturas mescladas com a realidade.

Vale lembrar que o professional de Matte Painting também está sendo procurado para a criação de cenários de games, afinal, o realismo chegou a um nível tão alto que as imagens de game se misturam com imagens da vida real.

Existem alguns artistas consagrados nesta arte que eu gostaria de citar aqui. Vale a pena você seguir e se inspirar :

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